29 junho 2010

Quem sou como professor e aprendiz?

Quem sou como professor e aprendiz?

O importante, como educadores, é acreditarmos no potencial de aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo em que compreendemos e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história pessoal.
A primeira atitude ao perceber-me como aprendiz me torna atenta ao que acontece ao redor ficando sensível às informações do ambiente, dos outros. Preciso chegar junto ao aluno como professora-ensinante e professor-aprendiz. Parece óbvio ou só um jogo de palavras, porém a mudança de atitude tem grandes conseqüências. Ao me colocar como professora, sempre e somente no lugar do aluno, deve trabalhar com informações úteis para o aluno, adquiro uma grande capacidade de senti-lo, de adaptar a minha linguagem, de sintonizar com suas aspirações. Ao mesmo tempo, que penso no aluno, também penso como aluna, além de adaptar-me ao outro, estou aprendendo junto, estou fazendo a ponte entre informação, conhecimento e sabedoria, entre teoria e prática, entre conhecimento adquirido e o novo.
O educador é um ser complexo e limitado, mas sua postura pode contribuir para reforçar que vale a pena aprender, que a vida tem mais aspectos positivos que negativos, que o ser humano está evoluindo, que pode realizar-se cada vez mais. Pode ser luz no meio de visões derrotistas, negativistas, muito enraizadas em sociedades dependentes como a nossa.
Me vejo uma educadora-luz, sinalizadora de caminhos e envolvida com meu trabalho. E, enquanto educadora, sou testemunha viva de que podemos evoluir sempre, ano após ano, tornando-nos mais humanos e mostrando que vale a pena viver

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