01 dezembro 2011

Uma carta de George Carlin

O paradoxo do nosso tempo é termos edifícios mais altos e temperamentos mais reduzidos, estradas mais largas e pontos de vistas mais estreitos.


Gastamos mais, mas temos menos, 
Compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conforto e menos tempo.

 Temos mais graduações acadêmicas, mas menos sentimentos comuns, maior conhecimento, mas menor capacidade de julgamento, mais peritos, mas mais problemas, melhor medicina, mas menor bem-estar.


Bebemos demasiado, fumamos demasiado, desperdiçamos demasiado, rimos muito pouco, movemo-nos muito rápido, nos irritamos demasiado, mantemo-nos muito tempo acordados, amanhecemos cansados.

Lemos muito pouco, vemos televisão demais e rezamos raramente. 

Multiplicamos o nosso patrimônio, mas reduzimos os nossos valores, Falamos demasiado, amamos demasiado pouco e odiamos muito frequentemente.

Aprendemos a ganhar a vida, mas não a vivê-la

. Adicionamos anos às nossas vidas, não vida aos nossos anos. 

Conseguimos ir à lua e voltar, mas temos dificuldade em cruzar a rua para conhecer um novo vizinho. 

Conquistamos o espaço exterior, mas não o interior.

Temos feito grandes coisas, mas nem por isso melhores.

 Limpamos o ar, mas contaminamos a nossa alma. Conquistamos o átomo, mas não os nossos preconceitos.

 Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planejamos mais, mas desfrutamos menos.

Aprendemos a apressar-nos, mas não a esperar.

 Produzimos computadores que podem processar maior informação e difundi-la, mas nos comunicamos cada vez menos e menos.


Estamos no tempo das comidas rápidas e digestões lentas, de homens de grande estatura e de pequeno caráter, de enormes ganhos econômicos e relações humanas superficiais.


Hoje em dia há casas mais luxuosas, porém mais lares desfeitos.

São tempo de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moral descartável, encontros de uma noite, corpos obesos e pílulas que fazem de tudo, desde alegrar e acalmar, até matar.
São tempos em que há muito na mostra e muito pouco no armazém. Tempos em que a tecnologia pode fazer-te chegar esta mensagem, e em que tu podes optar por partilhar estas reflexões ou simplesmente excluí-las.

Lembra-te de passar algum tempo com os teus entes queridos, porque eles não estarão aqui para sempre. 

Lembra-te de ser amável com quem agora te admira, porque essa pessoa crescerá muito rapidamente e se afastará de ti.

Lembra-te de abraçar quem está perto de ti, porque esse é o único tesouro que podes dar com o coração, sem que te custe nem um centavo.

Lembra-te de dizer “te Amo” ao teu companheiro e aos teus seres queridos, mas sobretudo, di-lo com sinceridade.

Um beijo e um abraço podem curar uma ferida, quando se dão com toda a alma. Dedica tempo para amar e para conversar, e partilha as tuas idéias mais apreciadas. E nunca esqueças:

“A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos extraordinários momentos que passamos juntos”

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