07 setembro 2011

Artigo de Roseli Brito


Indisciplina na Sala de Aula: Os 5 Erros que os Professores Cometem e como Evitá-los

Autora: Roseli Brito
Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/?p=430


É muito estressante e até emocionalmente doloroso lidar com a ansiedade de ter de enfrentar, todos os dias,  uma turma que você não está certa de poder controlar. O que , de fato, é realmente frustrante nesta situação é: ter responsabilidades a cumprir e não ter as devidas ferramentas para fazer isso.
Lembro bem no início da minha carreira, o sentimento de incapacidade que eu sentia, antes de descobrir as ferramentas certas para combater a indisciplina na sala de aula.  Você se sente insegura, chegando a duvidar da sua competência enquanto Professor. É frustração, misturado com raiva e impotência. É inclusive esse conjunto de sentimentos negativos que levam muitos Professores a desistirem da profissão.
O triste de tudo isso é que, muitos que desistem prosseguem acreditando que falharam na profissão, enquanto que a verdade é que não tinham ferramentas apropriadas para lidar com a questão.
Nos bancos das Universidades ninguém toca nesta questão parece que a única coisa que o Professor tem de fazer é entrar na sala e “dar” aula. Ninguém fala  da falta de educação e desrespeito, ninguém comenta sobre a indisciplina ou violência, ninguém aborda a falta de limites e muito menos, sequer sugere o que fazer quando a situação não está no nosso “script”, chamado Plano de Aula.
Em um roteiro quando é produzido um filme ou peça de teatro, há um “script”, e tudo deve ser feito conforme está escrito e determinado lá. Mas, e na sala de aula, quando nosso “script” não dá conta do nosso dia a dia? O que fazer então ?
Para ser honesta, sempre parecia que todos a minha volta queriam mais era que eu perdesse essa batalha, pois viviam alertando-me acerca do que os pais iriam dizer ou fazer. Na verdade todos estavam mais preocupados em não perder os alunos ou ainda não provocarem a ira dos pais,  do que oferecer o apoio que eu precisava.
Aprendi às duras penas, que tudo o que haviam  dito a respeito de como disciplinar os alunos estava errado pois  não funcionava. Na verdade, a única coisa que eu precisava era que os alunos fossem 100% respeitosos, fizessem as tarefas, e prestassem atenção todas as vezes.
Assim, não importasse a classe social do aluno, seu histórico de comportamento, seu nível de socialização. Uma vez que esse aluno entrasse na minha sala de aula, ele deveria dar conta de suas responsabilidades e cumprir suas tarefas.  Há muitos anos atrás esta afirmação já era utópica, no entanto ainda hoje, para muitos ela ainda é um “delírio” impossível de alcançar.
Hoje é sabido, que mesmo a pior turma, e ainda que  a escola esteja localizada em um meio hostil, este objetivo pode ser alcançado. Não ocorrerá do dia para a noite, será preciso esforço, paciência e principalmente persistência.
A “mágica” ocorre quando você descobre e utiliza  as ferramentas e estratégias apropriadas que tornam todos os alunos mais responsáveis e aplicados. Ao ter em mãos essas novas ferramentas  a sua sala de aula sofre uma transformação porque o seu  jeito de dar aula também muda.
Constatei ao longo da minha carreira que a indisciplina ocorre por uma série de fatores, porém alguns desses fatores era eu mesma que provocava. Isso mesmo ! Não estou aqui eximindo a parte que cabe a família, ao gestor, ao governo, aos astros, seja lá quem for que você queira transferir a culpa, o fato é que tive de dar a mão a palmatória, descer do salto,  humildemente reconhecer esse fato e procurar consertar o que era a minha responsabilidade fazer.
Veja abaixo os 5 grandes erros que eu cometia e, infelizmente,  muitos Professores estão cometendo, talvez até você, inconscientemente, também esteja. Por isso é hora de rever sua prática em cada um dos itens abaixo:
- Erro no. 1: Disciplinar toda a sala de uma só vez
- Erro no. 2: Bater boca com o aluno, ao invés de dar a direção do que fazer
- Erro no. 3:  Ameaçar, ameaçar, ameaçar e …….não cumprir
- Erro no. 4: Uso de linguagem não verbal de forma inadequada


 - Erro no. 5:  Aula chata do começo ao fim


Indisciplina: Erro 1 – Disciplinar toda a sala de uma só vez


Alerto novamente que, as causas da indisciplina dentro da Escola são várias tais como: Família, Gestor, Governo, a Mídia, etc, etc., porém não serão objetivo deste artigo no momento.
Já disse em outros momentos que dentre todos esses “personagens” o único que temos controle é sobre o NOSSO comportamento. Assim será muito mais inteligente e menos penoso fazer os ajustes que forem necessários nos nossos comportamentos, que ficar dando murro em ponta de faca tentando mudar os comportamentos das outras pessoas.
Mas, vamos ao Erro no. 1 que eu cometia que era: Disciplinar toda a sala de uma só vez. Nos meus dias de Faculdade haviam dito que ao entrar na sala de aula eu deveria mostrar respeito, que ao fazer isso, em contrapartida os alunos também teriam respeito por mim.
Era mais ou menos assim: “ Entre na sala de aula e diga a todos que você exige respeito e silêncio “ . Nisso se resumia o ensino de “gerenciamento da sala de aula” na Faculdade. Logo descobri a precariedade desse “ sistema” quando comecei a dar aulas.
A luta era inglória: de uma lado a Professora recém formada (eu) e do outro 40 alunos com 15 anos de “praia” cada um com vasta experiência em tumultuar a sala de aula. Quem vocês acham que vencia todo o tempo ?????
Lá estava eu gritando o tempo todo “fiquem quietos”, no começo até ficavam por 5 segundos, depois começavam tudo novamente. A pergunta aqui é: “ Será que eles não me ouviam ? “ . Claro que eles ouviam.
E mesmo assim eu ficava o ano inteiro tentando disciplinar a sala toda de uma só vez. Você já deve ter assistido algum filme de ação onde chega um momento em que o mocinho tem de lutar com 15 pessoas, e se você reparar bem, ele não luta com os 15 de uma só vez, e sim com UM de cada vez.
Agora pense por um minuto, se o mocinho luta com um por vez, porque você acha que conseguirá disciplinar toda a sala de uma só vez? A resposta é: você não conseguirá !!
Dica no. 1) Eles obedecem não é porque você FALA para ficarem quietos, Eles obedecem porque você toma uma AÇÃO e com isso eles recebem uma CONSEQUÊNCIA.
O que deve ser feito é, pegar um aluno, isso mesmo, apenas um aluno de cada vez. Voltando a luta do mocinho no filme você observará que sempre que ele começa a luta, e já derrota os 5 primeiros, os demais sabendo que serão derrotados, desistem e…..fogem…
A analogia com o mocinho é para que fique claro que, uma vez que você neutraliza alguns alunos, o restante da turma desistirá da bagunça com temor das conseqüências.
Frente a uma situação de indisciplina sempre pense da seguinte forma: “ Qual ação poderei tomar aqui”, ao invés de “ o que eu digo para esse aluno”. Pois não se trata do que dizer, mas do que fazer.
Dizer para o aluno: “ Atila, já mandei você ficar quieto senão você vai ver…?!” . Vai ver o quê? Na verdade você precisa impor ao Atila uma conseqüência que ele de fato sinta, e que o restante da classe pense “ eu não queria estar no lugar dele “.
Lembra que falei anteriormente em você escolher um dos alunos que estiver fazendo a bagunça, ou ocasionando o tumulto na sala ? Mas qual deles ? Aqui vai um pequeno exercício para você treinar ? Escolha uma das opções:
a) escolher a aluna quieta que está estudando lá no fundo da sala, pois será mais fácil lidar com ela
b) escolher o aluno mais falante da turma
c) escolher aleatoriamente qualquer aluno
d) escolher o aluno que sempre provoca e lidera a confusão
A opção correta é a ‘D’; afinal ao neutralizar o líder, os demais estarão sem direção e poderão ser liderados pelo Professor.
Aborde esse aluno calmamente com uma voz firme, e os outros alunos logo darão atenção a situação ficando quietos e atentos, pois o que eles estão esperando é ver quem vai ganhar esse embate. Assim, você caminhará até o Atila e já deverá ter traçado a conseqüência que fará o Atila tremer. A chave aqui é que a conseqüência tem de ter um peso que incomode o aluno. Quando a classe vê o que acontecerá ao Atila, os ânimos logo se acalmam.
Alertando: quando uma situação ocorrer na sua sala de aula, detecte sempre o líder, aquele em que os outros sempre seguem. Aposto que você já até sabe quem são eles na sua sala de aula.
Com certeza o Atila, furioso, lhe fará perguntas do tipo : “ Porque eu ? O que foi que eu fiz ? “ . Você simplesmente ignorará qualquer tipo de protesto, pois a pior coisa a fazer é bater boca com aluno (isso veremos no Erro no. 2).
Dica no. 2) Dividir para Somar
Aprendi que quando eu disciplinava a sala inteira, dando advertência ou suspendendo todos de uma vez, eu fortalecia o senso de grupo que os alunos tinham entre si. Eles eram um grupo, e eu era o inimigo. Lembra o lema dos “3 Mosqueteiros” , “um por todos e todos por um “. Eu os fazia sentir que faziam parte de algo maior.
Assim a saída encontrada foi dividir o grupo, provocar uma rachadura, isolar o líder. Ao fazer isso o grupo “órfão” do líder precisava ser acolhido, mas agora pelo Professor.
Por isso, se amanhã, os “Atilas” da sua sala insurgirem com desrespeito e indisciplina, não tente discipliná-los todos de uma só vez. Isole primeiro o líder, e depois isole o próximo, se for necessário.
Veja que apenas fazendo ajustes na maneira de como você lida com essas situações já fará uma enorme diferença na qualidade das suas aulas e no rendimento do seu tempo. Comente no blog os resultados que você conseguiu com esses ajustes.


Erro no. 2: Bater Boca com o Aluno


Quer você seja um Professor recém formado ou veterano, tenho certeza que já vivenciou, alguma, ou várias situações envolvendo ” bate boca” com aluno. Provavelmente você ficou estressada, perdeu tempo, atrasou o planejamento , desentendeu-se com os Pais do aluno, levou bronca da Coordenação, desgastou-se e…. não chegou a lugar nenhum.
Na verdade, essas situações potencializam a indisciplina já existente na sala de aula, pois drena todas as forças, motivação, interesse e paciência do Professor.
Mas, para compreendermos como lidar com situações de “bate boca” é preciso conhecermos como elas se desenrolam e o que as desencadeia, para que possamos definitivamente combatê-las e extirpa-las.
O que é o “bate-boca” ?:
Coloquialmente denominamos de “bate boca” toda discussão verbal, que ocorre de forma acalorada com a troca de palavras ásperas, e no final das contas não se resolve nada, portanto mostram-se inúteis. Quando discussões deste tipo ocorrem na sala de aula servem para tumultuar e deixar todos de ânimos exaltados.
Tipos de bate boca:
Existem três grandes gatilhos que prenunciam que um “bate boca” vai começar, são eles:
1)Fazer perguntas redundantes:
Átila, porque você está conversando? Já não falei que é para fazer a lição ? “
Parece familiar ? Pois é, eu também já fiz perguntas desse tipo. Quando fazemos perguntas redundantes é como se, implicitamente, disséssemos aos nossos alunos :
“ Átila, farei uma pergunta redundante para que você possa distorcê-la e manipular-me e quem sabe até ficar com o controle da situação, talvez a sala inteira até divirta-se às minhas custas se você complementar com alguma gracinha no final “.
Ao fazer uma pergunta redundante, que tipo de resposta você acha que obterá do aluno ?
“ Sabe “Pro”, converso porque eu não estou a fim de assistir sua aula, então prefiro “papear” com os meus colegas ao invés de prestar atenção no que você fala”.
Com certeza não era a resposta que você esperaria receber ! No entanto é a resposta que você obterá na maioria das vezes.
Usar perguntas redundantes, achando que estará disciplinando efetivamente, é uma ilusão, e o que é pior, você abrirá uma brecha para ser manipulada e tornar-se o alvo das chacotas por parte dos alunos.
2)Argumentar com aluno
Professor: “ Atila, já falei que você não pode sair da sala ”
Átila: “ mas por quê não ? “
Professor: “ Porque você tem de esperar o horário do intervalo”
Átila: “ porque então você deixou o Ivan sair ? “
Professor: “ Porque o caso dele é diferente “
Átila: “ diferente por quê? Eu também preciso ir .
Qualquer situação onde o Professor entra em uma argumentação sem fim, inevitavelmente, acabará em “bate boca”. Não demorará muito para ambos os lados estarem exaltados, com voz alterada e trocando ofensas.
3)Pedir justificativas
Quando o Professor exige que o aluno justifique o injustificável, está pedindo para ouvir o que não quer.
Professor: “ Atila, porque você colou chiclete no cabelo da colega ? “
Átila: “ Porque ela é uma chata”
Professor: “ Ivan, porque você colou na prova ? “
Ivan: “ Não era cola, foi só um lembrete caso eu esquecesse das respostas”
Professor: “ Porque você estava brincando na aula de Matemática ? “
Ivan: “ Eu não estava brincando, estava explicando para meu amigo  um novo passo de dança “.
Situações que provocam o aparecimento do “bate boca”:
Como já foi dito anteriormente, algumas situações de indisciplina são potencializadas pela nossa postura, no entanto outros fatores também contribuem para o aparecimento do “bate boca” dentro da sala de aula entre aluno e Professor, tais como:
- aluno chega irritado de casa ou da rua
- aluno que ouve os Pais depreciarem o trabalho do Professor
- Professor que já está esgotado de dar várias aulas seguidas
- quando a turma ignora o Professor
- quando o trabalho do Professor é depreciado pela Direção/Coordenação
- quando o Professor demonstra-se inseguro ao entrar na sala de aula
- quando o Professor é permissivo ou quando é autoritário
- quando o aluno sabe que os Pais virão à Escola para reclamar do Professor com a Direção
Como agir :
Por muito tempo eu ficava aflita e apreensiva, pois essas situações me angustiavam. Com o passar do tempo e depois de muito tropeçar e cair cheguei a constatação que lidar com tudo isso requeria um conjunto de medidas que não estavam em minhas mãos, e sim nas mãos do Gestor, e até do Poder Público.
Seria ótimo se na minha Escola eu pudesse contar com:
- Um Orientador Educacional
- Um Programa de Saúde/Qualidade de Vida para Professores
- Um salário digno que possibilitasse que eu permanecesse em dedicação exclusiva em apenas uma Escola
- Que a minha Escola tivesse implantado uma Escola de Pais, onde as Famílias aprenderiam mais sobre educar os filhos e seriam cobradas por isso.
- Que os Gestores tivessem mais preparo técnico quanto a gestão administrativa e pedagógica da Escola
Mas, como boa parte destas medidas, infelizmente, ainda é uma utopia, até mesmo para os dias de hoje, resolvi investir em medidas em que EU pudesse controlar e implantar.
Assim, além de evitar tudo o que foi exposto acima, passei a dar ao aluno a DIREÇÃO do que ele deveria fazer.
Ao constatar que o Átila estava conversando, eu não perguntava, não queria mais justificativas, e muito menos entrava em argumentação com o aluno. Simplesmente ele era informado do que deveria fazer.
Professor: “Átila, este não é o momento para conversa. Retome a sua tarefa, pois dentro de X minutos, você e mais 5 colegas realizarão a correção dos exercícios no quadro negro “
A minha dica é, diariamente temos de aprender com nossos erros e procurar tirar proveito deles para criar novas ferramentas, estratégias que nos auxiliem a implementar as mudanças em nossa postura, e principalmente revermos e ampliarmos nosso conhecimento técnico sobre gerenciamento da sala de aula, relacionamento interpessoal, resolução de conflito e novas práticas de ensino.
Se essas dicas foram úteis para você, comente no blog


Erro no. 3: Ameaçar, ameaçar, ameaçar e…não cumprir

Você já passou pela situação de ter de chamar a atenção de um aluno “indefinidamente” e ele nem dar a mínima para você ? Com certeza, nessa situação você chamou a atenção uma vez, depois duas, depois três e……nada do aluno fazer o que você pedia.
Na verdade demorei muito para aprender que, ao dar vários “avisos” eu estava, dando ao aluno um passe livre para que ele continuasse a fazer o errado.
Você já deve, também ter ouvido a seguinte pérola do aluno: “ não adianta mandar bilhete não, porque minha mãe não vai fazer nada comigo “.
No meu primeiro ano de magistério, lá estava eu ávida para aplicar tudo o que havia aprendido na Faculdade. Agora era a hora de colocar em prática tudo o que os teóricos e especialistas diziam que era apropriado para disciplinar os alunos mais afoitos.
Então o que eu fazia quando os ânimos começavam a ficar inflamados e a sala a sair do controle era pegar o giz de escrever e anotar no quadro o nome de quem estava bagunçando. Como segundo aviso, caso o aluno continuasse bagunçando , (claro que eles continuavam), eu fazia o quê? Uma MARCA ao lado do nome dele que já estava no quadro. E como terceiro aviso, caso ele ainda persistisse na bagunça (eles sempre persistiam), eu sempre encontrava uma outra mega maneira que não levava a nada.
Como eu logo descobri, esse “sistema” não funcionaria nunca. Quem iria intimidar-se com o nome no quadro ? Ou com uma marca ao lado do nome ? O aluno sempre esperava que eu fornecesse uma conseqüência , e na verdade o que eu dava para ele era um “ passe livre” para continuar bagunçando.
No final da aula, além de eu ter uma folha toda decorada e marcada com vários nomes eu ainda continuava com uma sala de aula toda desgovernada. Moral da estória: eu estava longe de saber o que devia fazer.
Depois de muito observar, tentar, testar, insistir, retroceder depois voltar, analisar os teóricos e os especialistas, constatei que não existe uma receita que se aplique a toda as situações. Cada indivíduo e cada situação, são únicos e, portanto exigirão soluções específicas.
Infelizmente, há muitos Educadores ávidos de soluções prontas, ficam eternamente em busca do “ Santo Graal da Sala de Aula” e se frustram dizendo que a teoria, que cursos, que idéias, que sugestões, nada funcionam.
O fato é que, TUDO contribui para criarmos o nosso próprio sistema de gerenciamento da sala de aula no que diz respeito a criar as conseqüências, as regras, o manejo da turma, a preparação das aulas, a seleção das estratégias e atividades.
Seja lá qual for a conseqüência que você tenha definido para inibir o comportamento desrespeitoso de um aluno, seja tirá-lo da sala de aula, seja fazê-lo apresentar um resumo da lição para todos da sala no intuíto de verificar o entendimento, seja chamar os Pais, acionar a Coordenação, fazê-lo copiar 100 vezes no caderno “ não farei mais isso” (ainda tem Professor que pede isso), o segredo é: aplicar a consequência IMEDIATAMENTE.
Isso mesmo, sem dar aviso, sem dar dica, sem ficar adulando ou ameaçando. A eficácia de qualquer sistema de gerenciamento da sala de aula envolve a seguinte premissa: cumpra, imediatamente, o que foi combinado. Nada de julgamentos, bate-boca, justificativas. Seja certeiro e cumpra a sentença.
Faça a seguinte conta: Em uma sala com 30 alunos, cada um tem direito a receber até 3 avisos antes que o Professor tome alguma providência teremos então 90 momentos de bagunça até que o aluno receba a devida conseqüência pelos seus atos. Então a saída é: não dar aviso NENHUM.
Errado: “ Átila, fique quieto. Se eu tiver que ir até a sua carteira, você já sabe o que vou fazer, blá, blá, blá “
Correto: “ Átila, você está atrapalhando a sala de aula. Você ficará 15 minutos após a aula para finalizar suas tarefas”
Talvez a sua pergunta seja: “ A estória terminaria aí ” ? Provavelmente não. No entanto ao cessar em dar tantos avisos, ou de ficar ameaçando e não fazendo nada, o Professor estará contribuindo para criar uma atmosfera de paz.
Se você já desenvolveu ou está desenvolvendo um sistema de gerenciamento de sala, compartilhe no nosso blog. Trocar experiências com outros colegas pode fornecer excelentes idéias e estratégias.


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