05 dezembro 2011

CRÔNICA

Fim de ano letivo. Avaliação


Acreditava-se, em época anteriores, que o educando poderia deixar a condição de ser humano único para tornar-se um ser “aprendente”; raramente eram consideradas as diferenças existenciais e acreditava-se na possibilidade de todos apresentarem o mesmo desempenho; num processo de nivelamento em que o professor ensinava os alunos e depois cobrava, independentemente das condições biológicas e ambientais das quais estava inserido.

Há algum tempo, a literatura vem falando do professor e das características que o tornam importante na vida e na memória de seus alunos. Para isso, é preciso que o professor conheça o educando, o que ele já sabe e sente para sua própria busca. É preciso entender as diferenças individuais, como a personalidade, o grau de interesse pelo estudo, o amadurecimento emocional, entre outros. Essas diferenças devem ser consideradas em sua totalidade, pois cada um possui a sua história, sendo, portanto, fruto dela.

As características que se tornam marcantes nos professores são a profunda inter-relação entre aspectos profissionais e pessoais, entre as quais podemos destacar aqueles que “amam o que fazem”, que “valorizam o aluno”, que “sabem explicar muito bem a matéria”, que “motivam as aulas”, que “são seres humanos ímpares”.

É aquele professor que geralmente alia características positivas do domínio afetivo às do domínio cognitivo. Ele estimula a independência dos alunos, é cordial e amistoso em classe, cria condições para uma visão crítica da sociedade e da profissão, estimula a participação, valorizando o diálogo, organiza o ensino sem se considerar o “dono do saber”. Enfim, é autêntico e verdadeiro.

É aquele mestre que cujas palavras repercutem positivamente no aluno, inspirando a inteligência, levando a enfrentar seus desafios e não apenas a ter cultura informativa. “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”(Einstein).

Portanto, é necessário que a clássica maneira de avaliar seja um momento de reflexão. A avaliação do ser humano não poderá apenas se ater ao que ele é capaz de reproduzir, mas considerar ainda sua capacidade de criar, construir e transformar. Assim sendo, a avaliação deve ser um meio de promoção da melhoria do ser, auxiliando-o na busca de seu projeto de vida. A formação é contínua, porque tanto os seres quanto os saberes estão em transformação.
Autor desconhecido

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