27 novembro 2011

Amor em Educar 

Estudar na escola... estudar fora da escola. Estudar sempre! Não só para fazer testes, atividades, provas... Estudar para a vida, tornando-a mais rica e cheia de possibilidades. 
(Paulo Freire)

Uso da linguagem não verbal de forma inadequada


  Ao lidarmos com  pessoas estamos todo o tempo nos comunicando com elas. Usamos palavras (linguagem verbal ) e usamos o nosso corpo (linguagem não verbal). É comum nosso silêncio e nossos gestos falarem mais que as nossas palavras. Dito isso, então é lógico afirmar que da mesma forma que usamos as palavras para elogiar, motivar, repreender, ensinar e ofender, a nossa linguagem não verbal também comunica tudo isso de forma explícita ou implícita.
Como Educadores e Gestores devemos dar mais atenção a esta questão e aqui vai a próxima dica:

Erro no. 4: Uso de Linguagem não verbal de forma inadequada

Quando duas pessoas estão conversando observe as palavras que são ditas e simultaneamente preste atenção aos gestos, movimentos do corpo, expressão facial, movimento das mãos e tom de voz. Você perceberá que a linguagem não verbal é muito reveladora, pois sendo destituída de disfarces, revela-se verdadeira e genuína.
Na sala de aula os nossos alunos estão com os olhos voltados para o que dizemos e fazemos, e geralmente as duas coisas são contraditórias. No início da minha carreira passei por muitos problemas com os Alunos, Pais e Coordenação porque eu usava de forma inadequada a minha linguagem corporal. Veja abaixo alguns exemplos de uso inadequado da linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Alunos:
. O Professor está corrigindo as tarefas em sua mesa, o aluno chega até o Professor e começa a relatar algo, o Professor, de cabeça baixa, ainda corrigindo as tarefas, responde que depois vai tomar providências, ou dá respostas evasivas e curtas.
Apesar de responder ao aluno, o que o Professor REALMENTE disse com a sua linguagem não verbal foi: Estou fazendo algo mais importante aqui e não posso parar e dar atenção a você agora.
Correção: Professor deve PARAR o que estiver fazendo e demonstrar ATENÇÃO, com as palavras, bem como com a linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Pais:
Na Reunião de Pais o Professor, com expressão facial neutra, com o tom de voz formal, entra na sala, pede que os Pais sentem-se dispostos em fileiras, e o Professor posiciona-se na frente de todos como se fosse iniciar uma aula. No momento de informar, individualmente, o rendimento de cada aluno o Professor chama cada Pai até sua mesa e o faz sentar-se em uma cadeira em frente a sua mesa.
Apesar do uso do tom educado e do discurso dito “ aberto” a colocação dos Pais, a linguagem não verbal apresentou uma série de obstáculos impedindo os Pais de expressarem abertamente tais como: expressão facial neutra do Professor, tom de voz formal que cria uma atmosfera fria, bem como a disposição das carteiras que reforçou a distância imposta.
Correção: Professor deve usar TOM DE VOZ informal, EXPRESSÃO FACIAL acolhedora de simpatia com sorriso, trazendo assim a LEVEZA necessária para esses momentos.
- Linguagem não verbal inadequada com a Coordenação:
É muito comum nas Reuniões Pedagógicas ou de Educação Continuada quando muitos Professores, infelizmente, sentem-se OBRIGADOS a participar, lá estão educadamente de corpo presente, porém a linguagem não verbal está “ gritando” o real sentimento daquele momento quando:
. O Professor “ suspira” e “ bufa” , revira os olhos em desacordo com algo, meneia a cabeça, olha para o colega do lado franze a testa e dá um meio sorriso de zombaria e descaso e por aí vai.
Muitos não acreditam nesses encontros e treinamentos, e por esta razão mostram o seu real descontentamento por meio da linguagem corporal, mas não pense que a Coordenação não está vendo isso, aprendi às duras penas que esses comportamentos só fazem com que as barreiras da comunicação sejam mais altas e cada vez mais difíceis de derrubar e que inevitavelmente prejudica a parte mais fraca: o Professor.
Nossas emoções é que ditam a nossa linguagem não verbal, é por esta razão que temos de aprender a controlá-las, discipliná-las, caso contrário seremos vítimas de nós mesmos.
Como Educadores também temos de ensinar isso aos nossos alunos. Os nossos alunos “copiam” ou “modelam” comportamentos de outras pessoas tais como: amigos mais descolados, os pais, ídolos da TV e também dos Professores. Muitos desses comportamentos são incorretos e precisam ser consertados.
Muitas vezes, dentro da sala de aula, ou nos espaços da Escola, vemos alunos que usando de uma sagacidade, respondem educadamente, porém a sua linguagem verbal revela grosseria, ironia, descaso e desrespeito. Enquanto Educadores procuramos corrigir a “ fala” do aluno, e as grosserias veladas ou explícitas ? Passam sem correção, e eles sabem disso.
Afinal se ao repreender um aluno, ele silenciosamente ouve tudo o que o Professor está dizendo, porém a sua linguagem não verbal é de afronta e desrespeito, em tese ele não disse nada ofensivo ao Professor, e por esta razão não será corrigido por isto.
Por isso a minha dica de hoje é: reveja sua linguagem não verbal e corrija-a, depois trabalhe esta questão com os seus alunos e procure ensiná-los a lidar com suas emoções corrigindo-os se for preciso.

Artigo : Roseli Brito

SETE MARAVILHAS DO MUNDO


Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. No final da aula, lhes foi pedido que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, prevaleceram os votos:
1) O Taj Mahal
2) A Muralha da China
3) O Canal do Panamá
4) As Pirâmides do Egito
5) O Grand Canyon
6) O Empire State Building
7) A Basílica de São Pedro
Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta.
A menina ainda não tinha virado sua folha.
O professor, então, perguntou à ela se tinha problemas com sua lista.
Meio encabulada, a menina respondeu:
— Sim, um pouco.
Eu não consigo fazer a lista, porque são muitas as maravilhas.
O professor disse:
— Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.
A menina hesitou um pouco, então leu:
— Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:

1 — VER
2 — OUVIR
3 — TOCAR
4 — PROVAR
5 — SENTIR

11 novembro 2011

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada.

Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.
A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.
Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.
Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.
Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode, significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.
Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.


Autora: Eliane Brum
 

06 novembro 2011

A História do Lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?
E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras,
é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

"Primeira qualidade:
Você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus,
e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade:
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo,
e usar o apontador.
Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final,
ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade:
O lápis sempre permite que usemos uma borracha
para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos
não é necessariamente algo mau, mas algo importante
para nos manter no caminho da justiça".

"Quarta qualidade:
O que realmente importa no lápis não é a madeira
ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida,
irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".

Autor Paulo Coelho

03 novembro 2011

MODELO DE ESTUDO DE CASO


1-      DADOS GERAIS
I) Dados de identificação
-         Nome
-         Sexo
-         Raça
-         Idade
-         Escolaridade
-         Estado Civil
-         Ocupação
-         Idade dos pais (se criança ou adolescente)
-         Cônjuge (nome, idade, grau de instrução, ocupação) - se adulto
-         Filhos (nome, idade, escolaridade, ocupação, estado civil) - se adulto

II) Circunstancias do Exame
Especificar data e local do exame, quem participou das entrevistas, quantas entrevistas, procedimentos utilizados, etc...

III) Motivo da Consulta

IV) Condições Especiais
Circunstancias ou acontecimentos especiais ocorridos no momento das entrevistas, como interrupções, ruídos, etc.. que possam afetá-la.

V) Impressão Geral Transmitida
Descrever as impressões subjetivas e sentimentos despertados pelo paciente no terapeuta.

VI) Instrumentos
Especificar os instrumentos utilizados na execução do exame para realização do estudo de caso: entrevista, anamnese, observações, testes projetivos e/ou psicométricos, outros materiais.


2- ESTUDO BIOGRÁFICO OU ANAMNESE

I)                   História Familiar
II)                Nascimento e primeira infância – até 3 anos
III)             Escolarização e Socialização
IV)             Relacionamentos Interpessoais
V)                Hábitos
VI)             Ocupação e/ou Profissão
VII)          Atitudes em Relação ao Sexo
VIII)       Doenças Físicas e Acidentes – especificar todas e quaisquer doenças e acidentes, bem como tratamentos de qualquer tipo realizados pelo paciente.


3 – INFORMAÇÕES E OBSERVAÇÕES FAMILIARES E PESSOAS AFINS DO PACIENTE
Descrever outros recursos ou materiais utilizados como fonte de informações sobre o paciente (entrevistas, materiais escritos, produções artísticas, fotos, etc...). Este item é obrigatório com pacientes crianças e adolescentes e facultativo com pacientes adultos.


4 – FUNCIONAMENTO GERAL DO PACIENTE
Descrever o funcionamento geral do paciente antes do surgimento do sintoma ou da mudança comportamental que ocasionou a consulta, salientando dois aspectos
I)                   Recursos ou aspectos Positivos
II)                 Aspectos Pré-mórbidos


5 – INÍCIO E CURSO DO SINTOMA ATUAL
Descrever quando e como, a partir do funcionamento geral pré-mórbido do paciente, começou a se delinear o sintoma, chegando até o momento atual.


6 – POSSIVEIS CAUSAS DESENCADEADORAS DO SINTOMA ATUAL


7 – EXAME DOS PROCESSOS COGNITIVOS

I)                   Consciência
II)                Atenção
III)             Orientação
IV)             Pensamento
V)                Percepção e Auto – percepção
VI)             Linguagem
VII)          Memória
VIII)       Afeto
IX)             Conduta
X)                Coordenação motora


8 – DIAGNÓSTICO MULTIAXIAL / DSM-IV
Eixo I – Transtornos Clínicos
Eixo II – Transtornos da Personalidade e Retardo Mental
Eixo III – Condições Médicas Gerais
Eixo IV – Problemas Psicossociais e Ambientais
Eixo V – Avaliação Global do Funcionamento


9 – HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
 Utilizando o referencial teórico para realizar o diagnóstico do paciente. Aqui devem ser inseridos as avaliações específicas de cada modelo teórico.


10 – AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA


11 – PLANO TERAPÊUTICO
Descrever todos os tipos de estratégias de intervenção recomendadas ao paciente tais como psicoterapia, atendimento em grupo, terapia medicamentosa, outras atividades com outros profissionais, atividades cotidianas em geral, etc...


12 – SEGUIMENTO CLÍNICO
Descrever o acompanhamento e o andamento do atendimento, como está o vínculo entre paciente e terapeuta, assiduidade no tratamento, respeito ao contrato, eficácia das indicações, etc...
Atire a Primeira Flor

Quando tudo for pedra, atire a primeira flor; Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo; 

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada; 

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso; talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem; 

Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se; 

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo; 

Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja; 

Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último; 

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la; 

Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor; 

Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave; Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo. 

Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento. 

Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora; 

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu; sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido; seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém; 

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor; seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói. 

Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor. 

(Glácia Daibert)